A Criopreservação Seminal ou congelamento de espermatozóide, tem como objetivo, garantir a fertilidade de homens que irão se submeter a procedimentos que possam prejudicar a sua capacidade fértil, por exemplo a quimioterapia, para estes casos existem os chamados bancos de sêmen terapêutico. Existem também os bancos de sêmen de doadores, que possuem amostras de doadores anônimos congeladas e que podem ser utilizadas em técnicas de reprodução assistida.

A criopreservação seminal ganhou importância nos tratamentos de reprodução assistida a partir da descoberta dos agentes crioprotetores.

Os crioprotetores têm a função de evitar danos celulares causados pelo processo de criopreservação e descongelamento, que são a desidratação e a formação de cristais de gelo intracelular. O congelamento na maioria das vezes é realizado a partir do sêmen ejaculado, mas também podem ser congelados espermatozóides provenientes diretamente do epidídimo ou do testículo.

Dois tipos de congelamento são utilizados nos dias atuais, o congelamento lento e o rápido.

Congelamento rápido:

é realizado em três fases, na primeira o sêmen é colocado em um freezer a uma temperatura de 20 ºC, na segunda fase as amostras são colocadas em suspensão em vapor de nitrogênio líquido onde são resfriadas até alcançar uma temperatura de – 80 ºC e na terceira e ultima fase as amostras são colocadas diretamente em nitrogênio líquido onde ficarão armazenadas a 196 ºC até o momento da sua utilização em técnicas de reprodução assistida.

Congelamento lento:

é um método onde as taxas de congelamento são controladas através da utilização de uma congeladora programável.

Quando o congelamento de espermatozóides é feito a parir de amostras obtidas diretamente do epidídimo ou testículo, estas taxas podem ser mais baixas, podendo após o descongelamento não apresentarem nenhum espermatozóide móvel, problema este que pode ser solucionado com a incubação dos espermatozóides em meio estimulante por várias horas antes do procedimento de ICSI.