Coluna de autoria do Dr. Evangelista Torquato publicada no Jornal Diário do Nordeste no dia 16/09/2007.

Dando um giro pela Medicina

Encontrei-me recentemente pelos corredores da Gastroclínica, com o Dr. Gervásio Colares. Referiu-se a esta coluna como um ótimo instrumento de informação nesta área específica da Medicina. Obrigado, meu caro colega, por tão sonoras palavras ouvidas. Espero poder continuar desfrutando da sua leitura e dos seus comentários.

No último final de semana, estive na cidade de Salvador. Fui juntamente com o Dr. Fábio Eugênio representando o Centro de Medicina Reprodutiva BIOS e o Dr. Marcelo da Ponte Rocha representando o seu centro, a CONCEPTUS. Participamos de um Simpósio Internacional patrocinado pela MERCK SERONO. Convidados estrangeiros discorreram sobre os sistemas de controle de qualidade, como o ISO. Muito em breve acredito que todas as clínicas de reprodução deverão adaptar-se a esta nova realidade. Todos ganham com isso; mas principalmente o casal que esta tentando ter um filho.

O Serviço de Anestesiologia da BIOS
A Dra. Zélia Beco é quem esta a frente deste serviço. Possui formação fortemente solidificada em excelentes centros deste país. Buscando sempre a excelência em qualidade, esta parceria resultou na implementação da consulta pré-anestésica, ou seja, todas as pacientes submetidas a um programa de fertilização “in vitro” são previamente analisadas por esta profissional. As pacientes passam por uma anamenese, são examinadas e devidamente orientadas sobre todo o procedimento. Além do pré-operatório, todo o trans e o pós-operatório são acompanhados pela referida médida. Desta forma já realizamos mais de 500 consultas nestes últimos dois anos.

Agradecendo a minha querida leitora
Recebi este carinhoso e-mail após a última coluna:

Boa tarde!
Como vai Dr. Evangelista?
Acredito muito no poder das palavras
Mais uma vez parabéns pelo artigo. Quão preciosas são suas informações, passadas amiudamente, transmitindo aos que estão lendo certa emoção por poder estar se familiarizando com o milagre da vida.

Desculpe-me, mas não é você que me deve agradecimentos. Sou eu que com o poder das palavras torno pública a minha emoção por tão carinhosa mensagem!

E a minha dívida…
Como prometido hoje começarei a abordar a famosa doença ovariana policística. Vou tentar fazer perguntas como se eu fosse a paciente e responder como se fosse eu próprio. Então, vamos começar.

Doutor, o que é a Doença Ovariana Policística?

A Doença Ovariana Policística é uma patologia que afeta a ovulação da mulher. Tornando mais claro: todo mês a mulher libera um óvulo que se fecundar resulta em gravidez e se não, resultará na menstruação. Quando se tem esta doença não se ovula, seria mais correto dizer, ovula menos frequentemente. Chamamos este estado de Anovulação ou Oligoovulação. E por se ovular menos, se engravida também menos. Desta forma dos quase 25% de chances de engravidar que tem a mulher por mês, com esta patologia suas possibilidades se reduzem para 6 a 8%.

Toda vez que uma ultra-sonografia mostrar ovários policísticos significa dizer que eu tenho esta doença ?

Até 25% das pacientes que são totalmente normais, quando fazem uma ultrasonografia, os seus ovários aparecerão policísticos. Estas pacientes tem ciclos menstruais regulares e portanto, não necessitam de nenhuma terapia. Desta forma, a condição básica, a pedra angular do diagnóstico desta patologia é a falta de ciclicidade menstrual, ou seja, é aquela paciente que tem menos de oito menstruações anuais.

Foi apenas o começo, o assunto é vasto, e continuará na próxima semana. Caso tenham alguma dúvida usem o e-mail que na próxima coluna eu responderei. Tenham uma semana pra lá de maravilhosa. Até a próxima.

Filhos são sonhos que transformamos em realidade, são anjinhos que fazem de nós pessoas mais felizes. Ame e cuide de quem lhe dará alegria.

evangelistatorquato@gmail.com
Este artigo foi escrito pelo Dr. Evangelista Torquato, Diretor de Tecnologia do Centro de Medicina Reprodutiva BIOS.